Revista Poder

Luciano Bivar

Candidatura presidencial mandrake de capo do União Brasil (UB) sobe no telhado por conta de possível acordo com Lula por presidência da Câmara em 2023

Luciano Bivar || Crédito: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Capo do União Brasil (UB), o partido que engordou barbaramente com a chegada de Jair Bolsonaro em 2018 e que após o expurgo bolsonarista ainda se manteve protagonista por conta da fusão com o DEM, Luciano Bivar passou uma sexta-feira de glória.

A estratégia de assumir uma candidatura presidencial mandrake, apenas para escolher com quem se aliar na hora do vamuvê, parece estar a se mostra exitosa. Nesta sexta (29), data em que o PSB faz sua convenção nacional histórica homologando a chapa Lula-Alckmin, o deputado federal pernambucano foi a personagem política mais citada, ou melhor, mais não citada do dia.

Especulações davam como iminente o anúncio de sua desistência da candidatura presidencial mandrake para que Bivar levasse seu UB a se aliar à chapa PT-PSB.

A contrapartida seria o esforço de Lula, caso eleito, de tentar fazer de Bivar presidência da Câmara, cenário improvável numa nova vitória de Jair Bolsonaro.

Colunista do jornal Correio Braziliense, Denise Rothenburg diz que Bivar “muda de ideia a cada seis horas”, mas que palanques estaduais que o UB já formou dificultam composição com Lula. O principal senão seria em São Paulo, em que o UB acertou-se com a candidatura Rodrigo Garcia (PSDB), que disputa espaço com Tarcisão (Rep) para provável segundo turno contra Fernando Haddad (PT).

Não parece, na verdade, ser um obstáculo importante.

Nesta mesma sexta (29), o deputado federal André Janones (Avante-MG) elogiou Lula, que o teria chamado para conversar, diferentemente dos outros candidatos presidenciais, como informou o deputado  – “humildade e democracia andam de lado a lado”, escreveu Janones –, e a tal conversa deve significar a retirada da candidatura do parlamentar já no primeiro turno.

Mas isso não tem fração do peso da renúncia de Bivar, uma vez que o Avante não tem expressão parlamentar.

 

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