Revista Poder

Com vídeos antigos, Augusto Aras tenta mostrar que está “atento” a eleições e 7 de setembro

Novo modus operandi do procurador-geral dizer-se presente ao debate nacional é postar vídeos com delay -- sem citar o nome de Bolsonaro, claro

Augusto Aras || Créditos: Fellipe Sampaio /SCO/STF

Augusto Aras deve gostar de se ver em vídeo, mas não deve ter muito apetite para produzi-los. A julgar pelos dois vídeos que postou recentemente no YouTube, usar gravações antigas para posicionar-se sobre temas candentes aos quais o Ministério Público Federal não pode se omitir vai ser seu modus operandi.

O primeiro, da semana passada, com todos os senões e omissões do nome daquele que Aras jamais pronuncia, serviu para dizer que o PGR “não aceitará alegação de fraude nas eleições”.

O segundo, que foi ao ar nesta terça (26), de há catorze dias atrás, responde a uma demanda de outro assunto momentoso que tem Bolsonaro como agente — as manifestações de 7 de setembro. Aras disse que os MPs ficarão atentos a “movimentos violentos” no próximo dia 7 de Setembro.

Na convenção do PL que homologou seu nome como candidato presidencial no domingo (24), Bolsonaro convocou seus seguidores para irem às ruas “pela última vez”. À conclamação adicionou seu ramerrame tradicional contra o STF, composto pelo que chamou de “poucos surdos de capa preta” que “têm que entender o que é a voz do povo e entender que quem faz as leis é o Executivo e o  Legislativo.”

Mas, beleza, Augusto Aras está atento.

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