Revista Poder

Sem um Arthur Lira para tratorar no parlamento, Draghi renuncia a posto de premiê

Primeiro-ministro não resiste a ameaça de partido da coalizão governista de não votar "pacote de bondades" de € 17 bi

Mario Draghi e Arthur Lira || Crédito: Karwai Tang/ UK Government/Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Não que renúncias e implosões de gabinete sejam novidade na política italiana, mas diante de alguns anos atrás, até que país vivia uma insólita estabilidade. Vivia. Nesta quinta (21), o premiê Mario Draghi pegou o boné.

Ex-presidente do banco central europeu, Draghi manteve-se à frente do país por 18 meses. Seu gabinete trincou há poucos dias quando o partido neófito Movimento 5 Estrelas (M5S), partícipe da coalizão governista, ameaçou não votar a favor de um pacote de auxílio de € 17 bilhões dirigido a famílias e empresas.

Faltou a Draghi um Arthur Lira para costurar e tratorar a aprovação do pacote.

O presidente Sergio Mattarella deve convocar novas eleições para outubro. As perspectivas para o novo termo não são muito animadoras, com o grupo de extrema-direita Irmãos da Itália liderando pesquisas de opinião, conforme informou a agência Reuters.

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