Revista Poder

China volta a temer comportamento de seu setor imobiliário

Além de ameaçar com calote nas hipotecas, consumidores deixam de comprar imóveis na planta, tornando crítica situação de companhias privadas do país

Créditos: CC/Chris/Flickr

Depois de todos os setbacks provocados pela interrupção das atividades econômicas em função de novos surtos de Covid-19, a China se prepara para vivenciar novas nuvens negras vindas dos setores imobiliário e de construção.

O problema aflige os construtores privados, que estão sendo ameaçados por calotes de clientes e também por uma mudança de comportamento desses consumidores, que passam agora a preferir comprar imóveis já prontos ou de empresas estatais.

O setor privado depende da compra de imóveis na planta para se financiar.

Conforme Benny Wang, analista financeira do banco ANZ, relatou a agência Reuters nesta quarta (20), os projetos imobiliários inacabados podem flopar de vez em função dos atrasos na entrega e também pela perda acelerada de valor e consequente fuga dos compradores.

A ANZ, ainda segundo a Reuters, calcula em US$ 222 bi o valor das hipotecas ligadas aos imóveis inacabados, 4% do total geral de hipotecas do país.

O setor imobiliário chinês tem sido fonte de problemas para o país nos últimos anos, com a maior empresa do setor, a Evergrande, acumulando dívidas que se aproximaram dos US$ 300 bi, sendo US$ 19 de compromissos internacionais.

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