Revista Poder

Candidata negra sai da disputa, mas diversidade é regra entre possíveis substitutos de Johnson

Com saída de ex-ministra de equidade Kemi Badenoch, disputa pelo cargo de primeiro-ministro afunila; devem concorrer Rishi Sunak, de origem indo-africana, e ex-secretárias Liz Truss e Penny Mordaunt

Rishi Sunak, Liz Truss e Penny Mordaunt || Créditos: Parliament UK/Simon Dawson/No 10 Downing Street

Desde que Boris Johnson perdeu completamente a condição política de liderar o partido Conservador britânico e, com isso, ser compelido a renunciar ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido, o país acompanha com sofreguidão (e calor de 40 graus) a corrida por seu substituto.

Nesta terça (19), a jovem ex-ministra negra de equidade, Kemi Badenoch, não obteve os votos necessários dentro do partido para se classificar para a finalíssima que deve ocorrer na quarta (20). De qualquer forma, ter chegado até essa rodada do “campeonato” mudou seu patamar dentro do partido Conservador, e esperam-se voos mais altos doravante.

Embora os nomes ainda não estejam definidos no momento desta postagem, por volta de 13h3 (horário de Brasília), tudo indica que competirão com Rishi Sunak, o ex-ministro das Finanças do gabinete Johnson, a ex-ministra de Relações Exteriores, Liz Truss, e a ex-secretária da Defesa, Penny Mordaunt.

Embora a diferença de votos entre Truss e Penny Mordaunt seja muito pequena, como informa o jornal The Guardian, há uma tendência dos eleitores de Kemi votarem na próxima rodada por Truss.

Sunak é filho e pais africanos e de avós indianos, e suas rivais mulheres na disputa revelam um mosaico de diversidade bastante celebrado dentro do partido Conservador, ainda que observado com ceticismo pela mídia britânica. Seja como for, é difícil imaginar que a direita brasileira, o Centrão ou o PL, tenham nem no longo prazo um arco de protagonistas tão diverso.

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