Revista Poder

Lira interrompe mutismo recente e defende crossover de liberalismo com populismo

Ao ajudar a promulgar PEC Kamikaze, presidente da Câmara Federal foi ao Twitter, rede de que há muito se distanciara, justificar emenda que “salva a economia”

Crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), tem utilizado pouco do Twitter, espécie de porta-voz oficioso de Jair Bolsonaro e Rodrigo Pacheco,  homólogos de Lira no Executivo e no Senado. Mais preocupado em tratorar com ainda mais velocidade ritos, prazos e práticas, ele vem preferindo dar poucas justificativas de seu modus operandi, ao menos pela rede social.

No encerramento dos trabalhos de primeiro semestre do Congresso Nacional, na quinta (14), em que foi feita a promulgação da PEC Kamikaze, que oferta ao Executivo R$ 41 bi em bondades de cunho eleitoral – por terem validade apenas até dezembro –, Lira achou por bem se manifestar, adicionando populismo ao liberalismo um dia professado por Bolsonaro, Guedes e ele, Lira.

Disse o alagoano, sem ser perguntado, :

“Salvar a economia significa, em algum momento, sacrificar as metas ideais, por um curto espaço de tempo, para salvar a estrutura da nossa sociedade. O liberalismo não é contra o povo. Deve proteger o povo na prosperidade e sobretudo nas crises.”

O apelido PEC Kamikaze foi cunhado pelo próprio ministrinho da Economiazinha, Paulinho Guedes, que viu, num lampejo de seu liberalismo d’antanho, que a responsabilidade fiscal do governo Bolsonaro iria implodir um pouco mais com mais esse medida populista. Depois, aconselhado pela realpolitik, decidiu desdizer o que havia dito.

Deve agora assinar embaixo o que disse Lira.

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