Revista Poder

Tebet aproveita inconfidência de do Val, associa Pacheco a “Mensalão 2.2” e senador silencia

Senadora que disputou com Rodrigo Pacheco presidência do Senado chama orçamento secreto “que comprou eleição” de Pacheco de “versão 2.2 do mensalão”

Simone Tebet, Rodrigo Pacheco e Rodrigo Pacheco || Créditos: Jefferson Rudy/Marcos Brandão/Agência Senado/Tati Beling/ALES

Depois que o senador Marcos do Val (Podemos-ES), figura que na CPI da Covid-19 mostrou claramente o que pensa o Podemos, partido que jamais deixa explícita sua profunda simpatia pelo bolsonarismo, disse ao Estadão ter recebido R$ 50 milhões em emendas do infame orçamento secreto – em “gratidão” – por apoiar a candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD-MG)  à presidência do Senado, e o caso ser silenciado pelo próprio Pacheco e por seu lugar-tenente Davi Alcolumbre (UB-AP), a senadora Simone Tebet (MDB) decidiu meter a boca no trombone.

Simone, que é candidata a presidente em outubro, espécie de dom Sebastião da terceira via, concorreu contra Pacheco à mesma vaga, em 2021. Disse ela, segundo relato do Estadão:

“A declaração comprova o que já sabíamos, só não podíamos provar. O orçamento secreto comprou a eleição para a presidência do Senado. Perdi a eleição para o orçamento secreto. Eis a versão 2.2 do mensalão.”

O bravo matutino paulista ainda explica que a lei do Orçamento propugna divisão dos recursos públicos “igualitária e impessoal” entre os congressistas. Ah tá.

Quanto ao senador capixaba, ele disse depois, como sói acontecer, ter sido mal compreendido, apesar de o Estadão ter publicado áudio da gravação de sua entrevista. Está aqui.

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