Imaginário paulista “raiz” é disputado por candidatos ao Bandeirantes

A eleição para os governos estaduais é tão subsidiária no noticiário político nacional que os  candidatos a governador, mesmo aqueles para o principal estado da federação, São Paulo, têm de se esforçar para conquistar um esgar de atenção — e comiseração — da audiência.

A corrida para o Bandeirantes se iniciou com dois fatos curiosos que vêm monopolizando a estratégia dos quatro principais postulantes. O ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) e o ex-governador temporão Márcio França (PSB), que transitam por uma faixa ideológica comum, enfrentam uma disputa interna.

Os dois partidos, como se sabe, estão coligados na eleição presidencial, com Lula (PT) e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB) compondo chapa. Os partidos, contudo, não conseguem deixar de brigar entre si em estados como Rio Grande do Sul e — até aqui — São Paulo. França, que vem atrás de Haddad nas pesquisas, mantém-se ativo nas redes sociais e já iniciou viagens pelo estado na condição de candidato ao Bandeirantes.

A briga mais divertida, contudo, se dá no campo da direita. O atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) tenta estabelecer sua conexão com o interior do estado — ele é de Tanabi –, afirmando-se “paulista raiz”. Em gincanas rápidas em suas redes sociais, ele responde a questionários que supostamente demonstram essa ligação. O mais recente “quiz” a que ele se submeteu é sobre apelidos de times de  futebol do estado.

Tudo isso para fazer pespegar no candidato Tarcísio Gomes de Freitas, o bolsonarista ex-ministro da Infraestrutura, a pecha de forasteiro. Tarcisão é carioca e vem sendo atacado pelos adversários por sua desconexão com o “imaginário” bandeirante. Não à toa, vem-se utilizando de símbolos estaduais, como a bandeira do estado, em suas aparições.

Veja, abaixo, o mais recente “quiz” de Garcia.