Pesquisa publicada na Harvard Business Review feita com universo de 800 companhias dos Estados Unidos que promoveram recentemente severos ajustes – eufemismo para demissões – mostrou que quem mais sofre nessa hora são as chamadas minorias.
A pesquisadora Alexandra Kalev evidenciou que o esforço por granjear diversidade é jogado no ralo no momento das demissões, mesmo por empresas que se orgulham de seus programas de diversidade e equidade.
O trabalho de Alexandra mostrou haver cortes de 19% de mulheres em cargos de gerência; 14% de homens de origem asiática nessas mesmas posições; e até 22% no caso de hispânicos e negros.
A razão disso é que as empresas se apoiam principalmente em posição e tempo de casa em seus cortes, o que costuma sacrificar os escalões inferiores e departamentos que não fazem parte do “core business” – o negócio central – das organizações, tais como as áreas de recursos humanos, jurídico e relações públicas.
Nas entrevistas com executivos, a equipe da pesquisadora ouviu, quase de maneira unânime, uma negação dessa “doutrina”. “Nosso critério de demissões é estritamente baseado em ‘colorblind stuff‘” – algo que pode ser traduzido por “não olhar para raça”.
Ah bom!