Revista Poder

Privatização que deu para fazer, Eletrobras estreia na bolsa com revés

Estrela solitária do programa de venda de estatais que traria R$ 1,25 tri para o Brasil e que só rendeu 15% disso, companhia perde valor na B3

Paulo Guedes || Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Quando ainda estava por cima da carne seca, antes de ser empossado ministrinho da Economiazinha, Paulinho Guedes disse que o Brasil facilmente arrecadaria R$ 1 tri com privatizações. Em 2019, ele aumentou a meta, acrescentando mais R$ 250 bi à cifra.

Paulinho ali apenas começava sua longa história de previsões disparatadas, repletas de estimativas cujas margens de erro chegavam a 100% –  como no recentíssimo cálculo do valor de ressarcimento aos  governos estaduais caso a PEC do ICMS, o tratoraço para baixar na marra o preço dos combustíveis, passe no Senado.

Pois bem. Paulinho conseguiu ao menos ver a privatização da Eletrobras sair do papel. Com ela, a entrada de divisas com esse tipo de operação chegou a cerca de R$ 180 bi.

Um erro de estimativa de R$ 1 trilhão.

Pois bem, esta segunda (13) marcou a entrada da empresa na bolsa de valores. E não foi exatamente um dia glorioso para quem comprou o papel no começo da jornada, já que ao final do pregão a cotação deslizou, perdendo 2,20%.

Não quer dizer nada: o Nubank fez um IPO histórico na bolsa estadunidense, mas depois perdeu dramaticamente seu valor de mercado. Mas bom presságio para o pequeno acionista não é.

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