Embora tenha sido protagonista político nas primeiras décadas da redemocratização, os últimos anos do PSDB têm mostrado que o partido é catedrático mesmo numa coisa: em autoimolação.
O reality show de novembro passado, quando definiu em prévias internas a candidatura presidencial de João Doria, e o destino final do ex-governador, escorraçado sem dó pela burocracia partidária nas últimas semanas, fez que o PSDB e seus filiados despertassem pilhéria e até certa comiseração de adversários políticos.
Lula, por exemplo, afirmou na terça (31), em São Paulo, que o “PSDB acabou”.
A constatação, curiosamente, conseguiu motivar os tucanos, trazendo alguma “organicidade” a um partido craquelado. Ex-secretário de Doria no governo paulista, Marco Vinholi foi ao Twitter replicar: “governador, 2 senadores, 260 prefeitos, 1200 vereadores. PT tem 4 prefeitos em SP. Ta bom de conta o Lula…”
Governador, 2 senadores, 260 prefeitos, 1200 vereadores. PT tem 4 prefeitos em SP. Ta bom de conta o Lula…
— Marco Vinholi (@marcovinholi) June 1, 2022
A conta oficial do partido pegou mais pesado: “Lula tinha que estar mais preocupado em responder à população porque a gestão do PT quase acabou com o Brasil.”
Bruno Araújo, presidente da sigla, não se pronunciou.