Revista Poder

Vinda de fontes escusas, a fortuna do presidente russo estaria na casa dos U$ 200 bilhões

Esse dinheiro, acumulado durante seus 20 anos no poder, seria proveniente da exploração de desertores ou ex-aliados estrangeiros

Entre 2013 e 2017, em tradicional lista anual com as pessoas mais poderosas do mundo, Vladimir Putin imperou no primeiro lugar. Em 2018, o vilão do momento caiu para a segunda posição, atrás de Xi Jinping, secretário-geral do Partido Comunista da China, que permanece no topo desde então, com o presidente russo atrás dele.

E muito do poder daquele que já está sendo chamado de ditador por boa parte da mídia internacional tem a ver com o dinheiro que acumulou, sempre de forma inapropriada, explorando desertores ou ex-aliados estrangeiros de seu governo, durante seus mais de 20 anos no comando da Rússia.

O mais famoso deles é Bill Browder, banqueiro americano que no passado fechou muitos negócios lucrativos com os russos e por isso recebeu passe livre no Kremlin. Em 2013, depois de romper com Putin, Browder chegou a afirmar em entrevista ao The Washington Post que a fortuna de líder russo estaria na casa dos US$ 200 bilhões (R$ 1,01 trilhão), fato que já foi até investigado pela Câmara dos Estados Unidos.

Oficialmente, neste momento, o homem mais rico do mundo é Elon Musk, cofundador da fabricante de carros elétricos Tesla e fundador da empresa de aviação espacial SpaceX, cuja fortuna gira em torno de US$ 229,5 bilhões (R$ 1,16 trilhão). Ao contrário do “Homem de Ferro da vida real”, no entanto, Putin amealhou seus supostos bilhões lançando mão de artifícios um tanto questionáveis.

Por meio de ameaças ou simplesmente confiscando bens de seus inimigos, Vladimir Putin teria juntado seus bilhões aos poucos, e sempre estrategicamente, a fim de não chamar muita atenção. Seu salário oficial como presidente da Rússia gira entre US$ 115 mil (R$ 582,9 mil) e US$ 225 mil (R$ 1,14 milhão) anuais, mas a maior renda dele estaria “escondida”.

Putin teria usado o dinheiro que supostamente juntou ilegalmente para comprar propriedades de luxo, sempre usando laranjas, e até por meio de empresas registradas em paraísos fiscais através das quais teria investido em companhias de capital aberto mundo afora. Browder garante que todos que fazem parte do círculo íntimo dele sabem disso.

Putin, um ex-agente da KGB que sofre de mania de perseguição, teria feito sua “poupança” para o caso de um dia cair, como talvez aconteça em breve por conta de sua controversa invasão da Ucrânia. E o patrimônio dele, que incluiria uma vila no sul da França e um apartamento em Mônaco, seria indetectável, tanto que até hoje ninguém conseguiu encontrá-lo.

Aliás, uma das teorias a esse respeito dá conta de que Putin registra muitos de seus bens anônimos em nome de suas amantes. Em geral, são moças com menos de 30 anos, de boas famílias, que morrem de medo do czar moderno. Esses casos teriam sido, inclusive, o motivo do fim do casamento de 31 anos dele com Lyudmila Aleksandrovna Ocheretnaya, em 2014. E Lyudmila, claro, recebeu o suficiente para ficar de fico fechado.

A ‘tal’ fortuna de mais de US$ 200 bilhões (R$ 1,01 trilhão) também incluiria um mega-iate, o Graceful, cujo dono é um mistério. O FBI e a CIA, agências do governo dos EUA, teriam mais detalhes sobre isso, mas ainda não viram a “hora certa” para revelar ao mundo se Putin é ou não um centibilionário. Muito já se falou mas pouco foi provado. Independente de ser tão rico assim ou não, claramente o maior gosto de Putin é pelo poder. E, nesse quesito, talvez não haja ninguém que o supere.

Sair da versão mobile