Nem em seus mais delirantes sonhos de grandeza, Emmanuel Macron poderia esperar que 2022 lhe sorrisse dessa maneira.
O proverbial cavalo selado passou na frente do palácio do Eliseu.
A saída de Angela Merkel de cena e a inapetência para o protagonismo de seu sucessor, Olaf Scholz, somadas à decadência política do premiê britânico, Boris Johnson, jogaram a liderança europeia de bandeja nas mãos de Macron.
E ele, às voltas com as eleições de abril para mais um termo no Eliseu, tem sabido dar tratos à bola.
Nesta segunda-feira (7), o presidente francês viajou a Moscou para tentar ganhar ele também algum protagonismo geopolítico ao pedir a seu homólogo dos Urais, Vladimir Putin, que dê uma folga para seus 130 a 150 mil meninos que estão alive and kicking e bem a fim de invadir a vizinha Ucrânia.
Mas a Rússia vem jogando o jogo como ninguém.
Dmitry Peskov, porta-voz russo, disse nesta segunda que “a situação é muito complexa para que sejam esperados decisões capitais ao longo de uma única reunião”.
Peskov lembrou que as exigências da Rússia – o rompimento da Ucrânia com a Otan, a organização militar do Ocidente, – ainda não foram atendidas e que os “interlocutores do Oeste” preferem não tocar nesse assunto.