Revista Poder

Fixação de Bolsonaro por Lula chega a “State of the Union” brazuca

Jair Bolsonaro || Crédito: Valdenio Vieira/PR

Embora não tenha fração da importância do “State of the Union”, momento em que o presidente estadunidense se dirige a seus concidadãos na abertura dos trabalhos legislativos do ano, Jair Bolsonaro viveu instante equivalente nesta quarta (2).

Afinal, coube ao presida, nesta tarde, discursar na abertura dos trabalhos do Congresso Nacional. Embora o mês de fevereiro tenha começado apenas ontem, na terça-feira (1º), discursos contundentes de Luís Roberto Barroso, presidente rotativo do TSE,  e Luiz Fux, presidente do STF, na terça (1º), deram sinais de que 2022 irá ser quente. Barroso falou que “faltam adjetivos” para qualificar a atitude de Bolsonaro de vazar informações sigilosas sobre os sistemas de apuração do Tribunal; Fux fez defesa do “regime democrático”, dizendo que não há “espaço de ações” contra ele.

Mas voltando ao “State of the Union” tropical. Bolsonaro, mais uma vez, fez jus à frase famosa do barão de Itararé, aquela que reza que de onde menos se espera, é daí que não vem nada mesmo.

O que veio foram ataques ao PT e a seu líder — que não foi nominado –, provável principal adversário de outubro. O presidente falou de temas como regulação de mídia e reforma trabalhista, em tentativa de evidenciar pontos polêmicos da plataforma do PT.

“Nunca virei aqui para anular a reforma trabalhista aprovada por este Congresso. Afinal, os direitos trabalhistas continuam intactos no artigo 7º da Constituição”, disse, em referência a artigo sobre a proteção contra demissão sem justa causa.

Também disse, sobre regulação da mídia: “Não deixemos que qualquer um de nós, quem quer que seja que esteja no Planalto Central, ouse regular a mídia. Não interessa por que, com qual intenção e objetivo. A nossa liberdade, a liberdade de imprensa garantida em nossa constituição não pode ser arranhada ou violada por quem quer que seja nesse país.”

Não contente, ainda tentou ganhar a paternidade  sobre o que chamou de “conclusão” do Eixo Norte da obra de transposição do rio São Francisco, obra iniciada no governo Lula e bastante associada ao ex-presidente.

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