Revista Poder

António Costa

Vitorioso nas eleições legislativas deste domingo (30), primeiro-ministro português, do Partido Socialista, se mantém no cargo, agora sem necessidade de governar com aliança de esquerda

António Costa || Crédito: Beto Barata/PR

As previsões dos spin doctors da política portuguesa praticamente enterravam a carreira do atual primeiro-ministro português, António Costa, líder do Partido Socialista (PS). Fragilizado pela desagregação da aliança de esquerda que o colocou no poder – a famosa “geringonça” –, ele teve de enfrentar eleições antecipadas para o parlamento por conta da rejeição do orçamento de 2022.

A reprovação da peça governista fez com que o presidente português,Marcelo Rebelo de Sousa, convocasse o do escrutínio popular, que aconteceu neste domingo (30).

E deu zebra. Não só o PS conseguiu a maioria necessária para permanecer no poder, como agora prescinde de seus ex-parceiros do Bloco de Esquerda. Os socialistas fizeram 117 deputados em 230 possíveis. Os votos que todos imaginavam que migrariam para Rui Rio, líder dos sociais-democratas, acabaram com os socialistas e com as duas agremiações de direita que surgiram nos últimos anos, o Chega, do populista André Ventura, e a Iniciativa Liberal.

“Esta foi uma vitória da humildade, confiança e pela estabilidade”, disse Costa no domingo, ao fim das apurações. “Estabilidade” é o conceito que vale atentar aqui: apesar do crescimento da direita, os portugueses preferiram manter o atual estado de coisas.

 

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