Revista Poder

Justiça encerra caso do tríplex em prólogo de live de Moro com Kim

Timing “perfeito” que poderia ter sido imaginado por roteirista de filme B amplifica repercussão do caso dos honorários de ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro na Alvarez & Marsal

Sergio Moro e Kim Kataguiri || Crédito: Reprodução

Em timing perfeito, que poderia ter sido escrito por um mau roteirista de filme B, a live marcada para esta sexta (28) por Sergio Moro para supostamente revelar o quanto ganhou da consultoria Alvarez & Marsal, a “renomada” empresa internacional que tem como clientes empreiteiras brasileiras sentenciadas por Moro, ganhou um prólogo inusitado.

Em decisão tomada na quinta (27), a juíza Pollyanna Alves, da 12ª Vara Federal Criminal de Brasília, determinou o arquivamento do processo sobre o tríplex do Guarujá supostamente de uso do ex-presidente Lula. Procuradora da República já havia se manifestado pelo arquivamento, por conta da prescrição dos prazos do processo.

O caso do tríplex, como se sabe, foi julgado por Moro, e suas decisões posteriormente anuladas pelo STF, que considerou o juiz parcial, e seu juizado, incompetente para o processo.

O ex-juiz, ex-ministro de Bolsonaro e ex-consultor a soldo da Alvarez & Marsal se viu acuado pela opinião pública e por boa parte do Legislativo a dar visibilidade dos honorários recebidos da consultoria transnacional, que foi responsável por administrar a recuperação judicial de empresas envolvidas na Lava Jato.

Ao lado do deputado federal Kim Kataguiri, que deve migrar para o mesmo partido de Moro, o Podemos, o ex-ex-ex gravou um vídeo convocando seus seguidores a acompanhá-lo para, como falou, [jogar] “uma pá de cal em todas essas mentiras”. Como de costume, mesmo falando apenas duas sentenças curtas, sua voz falhou e desafinou – justamente ao pronunciar “cal”.

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