Revista Poder

Em carta anual, Larry Fink, da BlackRock, quer descarbonização, descarbonização e descarbonização

“Focamos na sustentabilidade não porque somos ambientalistas, mas porque somos capitalistas e somos depositários da confiança de nossos clientes”, escreveu nesta terça (18) o CEO que gere US$ 10,1 tri em fundos

Larry Fink || Créditos: WORLD ECONOMIC FORUM/swiss-image.ch/Photo Michael Buholzer

Larry Fink, CEO da maior gestora de fundos do mundo, a BlackRock, que tem US$ 10,1 tri em “assets” sob sua guarda – o pibinho do Brasil é 75% disso –, divulgou nesta terça (18) sua esperada carta anual aos CEOs das empresas com que a BlackRock trabalha. Mais uma vez, o executivo sublinhou a questão climática, e teve nos conceitos “propósito” e “sustentabilidade” eixos de sua comunicação.

O próprio Fink fez marcações em “bold” em passagens de sua carta, que PODER Online reproduz aqui:

“Focamos na sustentabilidade não porque somos ambientalistas, mas porque somos capitalistas e somos depositários da confiança de nossos clientes”;

“Toda empresa e toda indústria se transformarãao com a transição para o mundo de emissão de zero carbono. A questão é, você vai liderar ou ser liderado?”

“Faz dois anos desde que escrevi que risco climático é risco de investimento (…) Investimentos sustentáveis alcançaram US$ 4 tri. Ações e ambições pela descarbonização também cresceram. Isso é só o começo – o movimento da placa tectônica em direção aos investimentos sustentáveis está ainda em aceleração. Se o capital está sendo alocado em novos fundos focados em inovação energética ou sendo transferido de índices tradicionais para portfólios mais costumizados, vemos mais dinheiro em movimento.”

“Os próximos mil unicórnios não vão ser motores de busca [de internet] ou empresas de redes sociais, eles serão empresas de inovação sustentável– startups que ajudam o mundo a descarbonizar e tornam a transição energética acessível para todos os consumidores.”

“(…) é mais importante do que nunca sua companhia e sua gerência serem guiadas pelo propósito. Se você se mantiver fiel ao propósito da companhia e focar no longo prazo, enquanto há uma adaptação desse novo mundo que nos envolve, você entregará retornos duráveis para os acionistas e ajudará a fazer despertar o poder do capitalismo para todos.”

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