Uma discussão chatíssima chegou aos “trend topics” do Twitter na manhã desta segunda (17) por conta dos ataques de Arthur Lira aos governadores e ao Senado feita neste domingo. Trata-se do descongelamento do valor do ICMs (imposto que beneficia os estados e é de competência exclusivamente estadual), anunciado pelos secretários estaduais da Fazenda para 31 de janeiro. O valor vêm se mantendo no mesmo patamar desde o fim de outubro.
A ideia dos governadores com o congelamento foi tentar mostrar que, ao contrário do expresso tantas vezes por Jair Bolsonaro em seus ataques sistemáticos, os governadores não eram responsáveis pelos sucessivos aumentos dos combustíveis. Isso ficou estabelecido, já que os reajustes permaneceram, mesmo com o ICMs incidente sobre o produto congelado.
Para o governador Wellington Dias (PT), coordenador do fórum nacional de governadores, “a resposta foi aumento, aumento e mais aumento nos preços dos combustíveis”.
Em 2021 Lira tentou tratorar uma medida na Câmara Federal para, em suas palavras, “mitigar os efeitos dos aumentos dos combustíveis”, mas o projeto patinou no Senado. Em sua postagem de domingo, acusou os governadores de não quererem discutir a medida por ser “intervencionista e eleitoreira”. E cobrou nominalmente Wellington Dias.
“Agora, no início de um ano eleitoral, governadores, com Wellington Dias à frente, cobram soluções do Congresso. Com os cofres dos Estados abarrotados de tanta arrecadação e mirando em outubro, decidiram que é hora d reduzir o preço.”
Não aceito demagogia eleitoreira. Há um projeto na mesa e se eles discordam, tem força política pra sentar na mesa e discutir alternativas. Mas já é 2022 e tem gente que só pensa em outubro.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) January 17, 2022
Dias, segundo publicou a Folha de S.Paulo, disse que o texto tratorado por Lira e aprovado na Câmara não foi discutido amplamente e “não tem base técnica”.
Novos capítulos se anunciam para logo menos.