Revista Poder

Êxodo de ministros que querem tentar as urnas deve ficar acima dos 50%

De 23 titulares de ministérios, doze devem deixar Esplanada para tentar a sorte em outubro; presidente quer manter controle da Saúde e da narrativa negacionista

Fábio Faria, Tereza Cristina e Onyx Lorenzoni || Crédito: Carolina Antunes /PR/Carlos Silva /MAPA/ Anderson Riedel/PR

Disposto a comprar briga para controlar o apetite do Centrão, interessado em abocanhar ainda mais ministérios, o presidente Jair Bolsonaro informou aos aliados que não abre mão de indicar ministros para as pastas da Saúde, Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional.

Os ministérios são estratégicos pelo volumoso repasse (juntas, consumiram cerca de 20% de todo o Orçamento de 2022) que podem fazer a prefeitos pelo Brasil, garantindo apoio e palanque para a campanha de 2022. Na Saúde, que está já em seu quarto ministro, o pensamento é de que é melhor controlar a narrativa e ter um aliado negacionista segurando as pontas em sua peleja contra o bom-senso e a ciência.

Especula-se que 12 dos 23 ministros deverão deixar a Espanada no comecinho de abril, prazo da desincompatibilização para quem quiser concorrer em outubro. O próprio Jair Bolsonaro aposta nesse êxodo de mais de 50% de seus aspones.

PODER Online coloca na caderneta de apostas a saída de Fábio Faria (Comunicações), Tereza Cristina (Agricultura), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Damares Alves (Mulher e Direitos Humanos) e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência Social).

Um dos poucos políticos que deve permanecer como ministro é o senador licenciado Ciro Nogueira, hoje chefe da Casa Civil. Eleito em 2018, seu mandato no Senado vai até 2027. Aí é fácil.

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