Parecia que não ia acontecer nunca, mas, sim, deputados da base governista têm ido a Brasília em pleno recesso do legislativo. O motivo? Tentar salvar a pele do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, para que ele não precise dar explicações ao Congresso sobre o desmatamento no cerrado.
A necessidade de se intensificar o corpo a corpo ocorre logo após a convocação do ministro da Saúde, que dará explicações aos congressistas na primeira semana de expediente, em fevereiro.
No MMA, o problema é o seguinte: alegando falta de verba, Leite mandou cortar a medição do desmatamento o cerrado. Colocou isso bem pequeno em um ofício enviado ao Planalto e aprovado pelo presidente Jair Bolsonaro, que já sabia.
Pegaria muito mal para o governo retirar uma coisa tão básica quanto o acompanhamento das queimadas no Centro-Oeste, por exemplo, algo que é medido para que os governadores saibam como agir durante as crises, normalmente entre junho e julho, quando a região tem temperaturas mais altas.
Em dezembro, época de chuva, um incêndio destruiu a Casa Maaya, baladinha em que os filhos de Bolsonaro, Jair Renan, e do governador Ibaneis Rocha, Caio Barros, estavam semanalmente. É para evitar coisas assim que serve a medição.