Revista Poder

Táxis voadores chegam às grandes cidades em 2022 e mercado deve valer R$ 1,5 trilhão até 2040

Pelo menos 20 empresas, incluindo startups e grandes marcas, como Boeing, Airbus, General Motors, Daimler, Hyundai e Toyota, estão desenvolvendo protótipos para esse tipo de serviço

Taxi voador // Divulgação

Para muitas pessoas de uma certa faixa etária, a ideia de pilotar táxis, transportando pessoas pelas cidades no lugar de carros, evitando congestionamentos, traz à mente o desenho animado Os Jetsons. Pois falta muito pouco para a premissa fantasiosa do programa da década de 1960 se tornar realidade.

Com Uber e Boeing desenvolvendo táxis voadores eVTOL (decolagem e pouso vertical elétrico), um relatório prevê que em 2040 haverá 430 mil desses veículos em operação em todo o mundo.

As primeiras aeronaves desse tipo, também conhecidas como ‘mobilidade aérea urbana autônoma (UAM)’, devem ser lançadas ainda este ano. Um estudo da Frost & Sullivan prevê que o uso desse tipo de transporte comece em Dubai para depois se expandir com uma taxa de crescimento anual de 46% em 18 anos abrindo um mercado que deve valer R$ 1,5 trilhão globalmente segundo dados da Morgan Stanley Research.

Pelo menos 20 empresas, incluindo startups e grandes marcas, como Boeing, Airbus, General Motors, Daimler, Hyundai e Toyota, estão desenvolvendo protótipos funcionais para esse tipo de serviço. Recentemente, a Vertical Aerospace, que projeta e constrói aeronaves com energia elétrica de decolagem e pouso vertical zero carbono, listaram na Bolsa de Valores de Nova York por meio de uma Spac (empresa de aquisição de propósito específico), confirmando sua entrada no setor. A empresa visa superar a concorrência, mantendo um piloto a bordo de seus veículos, o que pode acelerar a aprovação regulatória. Sua aeronave, a VX4, conseguirá voar com quatro passageiros a 200 mph (mais de 300 km por hora), por custos “comparáveis ​​aos de um táxi” e as primeiras unidades a serem entregues ainda em 2022.

Para lidar com essas demandas em um futuro próximo, no qual drones e táxis voadores vão compartilhar o espaço aéreo sobre áreas urbanas movimentadas, as cidades precisarão disponibilizar uma estrutura especial para que a equação funcione efetivamente: construir miniportos, chamados de “skyports”. Esses mini aeroportos serão necessários para que os táxis possam pousar em pontos próximos de onde as pessoas desejam ir.

Nos EUA, Houston, Los Angeles e Orlando já anunciaram planos para estabelecer infraestrutura para táxis voadores e outros veículos semelhantes. O prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, disse que as propostas para sua cidade “fornecerão um modelo de como outros governos locais podem levar esta nova tecnologia a patamares ainda maiores”.

No Reino Unido, os planos de construir o primeiro porto aéreo do país em Coventry, contam com o apoio do governo britânico. Buscando se tornar o primeiro hub operacional do mundo para táxis aéreos e drones de carga, ele está sendo projetado por uma empresa britânica apoiada pela Hyundai chamada Urban Air Port (a empresa já registrou o nome como uma marca comercial). Anunciado como o “menor aeroporto do mundo”, a empresa espera que a instalação de emissão zero seja replicada em todo o mundo para reduzir o congestionamento nas estradas e a poluição do ar por carros e caminhões.

Os especialistas, no entanto, apontam vários desafios que podem impedir que os táxis e os skyports realmente decolem. “Chegar a um ponto que lembra os Jetsons vai depender de como a indústria lida com uma série de obstáculos importantes”, diz Jennifer Richter, advogada baseada em Washington DC especializada em leis envolvendo drones e táxis aéreos. “Isso inclui aceitação pública, manufatura de alto volume, investimento em infraestrutura digital, de energia e física, e o desenvolvimento de um sistema de gerenciamento de tráfego aéreo altamente automatizado.”

 

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