Eduardo Paes, o prefeito do Rio de Janeiro, não mede esforços para parecer o sujeito que incorpora um certo espírito carioca. Seus temas de afinidade, entro outros, são Carnaval, futebol, botequim, samba.
Bom sujeito, logo se vê, ainda mais em relação ao mandatário anterior, Marcelo Crivella, que tinha verdadeira paúra do Carnaval, mesmo com o impacto econômico da festa para o Rio.
Bem, Paes está agindo com cuidado redobrado para não liberar geral o Carnaval. O Réveillon, que rodou no Rio como em tantas outras capitais por conta da Ômicron é, com certeza, outra história. No Twitter, o político do PSD vem brandindo o número mágico de 80% de imunização de uma população, que os epidemiologistas veem como seguro contra patologias. Seria seu álibi para fazer a festa, ao menos no Sambódromo. O Rio já chegou nesse patamar.
De qualquer forma, esta semana o alcaide encontrou um novo tema para se preocupar: a privatização dos aeroportos de Santos Dumont e Galeão, prevista para 2022.
Segundo o edital da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Santos Dumont poderá ser ampliado, o que, acreditam todos os que conseguem fazer algumas operações básicas de raciocínio, irá inviabilizar ainda mais o já combalido aeroporto Tom Jobim, o Galeão.
“Isso por si só já é suficiente para contestar. Mas você está pegando um aeroporto essencialmente urbano com limitações explícitas colocadas e está permitindo que se torne um grande aeroporto. Isso é inaceitável, é um crime contra o Rio de Janeiro”, disse o prefeito, conforme registrou o jornal O Globo.