Tardou, mas não falhou. O ex-governador paulista Geraldo Alckmin anunciou nesta quarta (15) sua desfiliação do PSDB, partido de que fez parte por 33 anos. Sua saída do ninho tucano era dada como certa logo após a vitória de João Doria nas prévias para presidente da República, a gingana doméstica do partido, mas Alckmin ainda demorou quase três semanas para cruzar a linha.
Sem espaço no PSDB diante do domínio da máquina partidária por seu ex-pupilo e atual antagonista João Doria e diante de um candidato ao Bandeirantes em 2022 já homologado pelo PSDB, restou-lhe o “exílio”.
Mas, para surpresa geral menos talvez para Lula, Alckmin passou a ser cortejado para compor chapa com o ex-presidente em 2022.
Escreveu Alckmin em seu Twitter:
“Nesses mais de 33 anos e meio de trajetória no PSDB procurei dar o melhor de mim. Um soldado sempre pronto para combater o bom combate com entusiasmo e lealdade. Agora, chegou a hora da despedida. Hora de traçar um novo caminho.”
O colunista Vicente Nunes, do jornal Correio Braziliense, dá como favas contadas que Alckmin vai com Lula, abrindo espaço para que Marcio França (PSB) meça forças com o candidato do PSDB ao Bandeirantes, o atual vice-governador Rodrigo Garcia.
Fernando Haddad, ainda segundo o colunista, cumpre missão, desistindo assim do governo de São Paulo, e tentando a vaga solitária de São Paulo ao Senado.