Revista Poder

Em dia de cúpula da democracia, Estados Unidos ficam mais perto de Assange

Heroi do anti-establishment por ter vazado telegramas diplomáticos e documentos militares, fundador do WikiLeaks pode finalmente ser transferido e cumprir pena na América

Joe Biden e Julian Assange || Crédito: Gage Skidmore/David G Silvers/Cancillería del Ecuador

Não deixa de ser uma ironia que no segundo dia da micada “cúpula da democracia” de Joe Biden, nesta sexta (10), os Estados Unidos estejam a um passo de receber Julian Assange, condenado a século e meio de prisão por  por vazar documentos militares e telegramas diplomáticos, muitos deles mostrando a impertinência das ações norte-americanas na Guerra do Iraque.

O fundador do WikiLeaks cumpre prisão em Londres após passar anos dentro da embaixada do Equador no Reino Unido, que lhe concedeu asilo, mas nesta sexta foi revelado que, em resposta a recurso por parte dos Estados Unidos, o juiz Timothy Holroyde passou a considerar que as condições de detenção na América são aceitáveis e não devem colocar a vida do condenado em risco. Há a possibilidade, inclusive, de Assange ser transferido para seu país natal, a Austrália, e cumprir pena por lá.

Assange tornou-se um heroi do anti-establishment, e sua prisão coloca em questão o exercício da imprensa livre, ferramenta essencial da democracia.

 

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