Apesar dos gorjeios e piados cheios de ornatos e cornijas verbais do ex-presidente Michel Temer, que apenas “em hipótese e desde que haja conjunção nacional”, admitiu nesta terça (7) “examinar” uma candidatura presidencial em 2022, seu partido, o MDB, acaba de homologar, por aclamação, a senadora Simone Tebet como pré-candidata da sigla para a corrida do Planalto no ano que vem. O evento ocorre na manhã desta quarta (8).
Com sua vocação adesista e pouco protagonismo nas últimas eleições para presidente, o MDB tende a compor chapa com outro partido ao longo da campanha. O ativo de Simone, contudo, é claro: trata-se, até aqui, da única mulher a ter sua candidatura lançada à sucessão de Jair Bolsonaro.
A senadora foi perguntada, ao fim da cerimônia, exatamente sobre a continuação de sua campanha. “A chance de nós continuarmos é a mesma de qualquer partido. É igual. Nem mais nem menos. Estamos unidos para garantir um novo rumo para o país”, disse.
Perguntada ainda se iria poupar o presidenciável do PT, o ex-presidente Lula, possível desaguadouro do apoio do MDB em 2022, Simone refutou a hipótese. Ela ainda criticou a dinâmica do governismo de Bolsonaro, chamando o presidente da Câmara, Arthur Lira, de “primeiro-ministro”, e atacou o calote da PEC dos Precatórios, afirmando sua oposição ao governo Bolsonaro, algo já visto em sua atuação contundente durante a CPI da Covid-19 no Senado.
Governadores da sigla como Ibaneis Rocha (DF) e Helder Barbalho (PA) e os líderes da sigla na Câmara e no Senado.