Revista Poder

Ala jovem da Câmara começa a se arriscar em eleições majoritárias

Políticos entre 20 e 40 anos usam mandato de deputado federal como trampolim para voos mais altos no Senado, nas prefeituras e nos governos

Daniel Vilela, João Campos e Mariana Carvalho || Crédito: Jefferson Rudy/Geraldo Magela/Agência Senado/Claudio Andrade/ Câmara dos Deputados do Brasil

Presidente do MDB de Goiás, o deputado Daniel Vilela, 38 anos, deverá ser confirmado como candidato a vice-governador na chapa de Ronaldo Caiado (DEM), que concorre à reeleição em 2022. A situação é parecida com a do prefeito do Recife, João Campos (PSB),  28 anos, que deixou a Câmara Federal e vem sendo preparado para concorrer ao governo de Pernambuco.

A Câmara dos Deputados tem se tornado uma espécie de tubo de ensaio para jovens políticos de clãs familiares, o que abunda no estamento político brasileiro. Outra desse time é Mariana Carvalho (PSDB-RO), filha de ex-governador de Rondônia, e a estreante Flávia Arruda (PL-DF), 35 anos, mulher do ex-governador do DF José Roberto Arruda, que se licenciou para assumir a secretaria de Governo do palácio do Planalto. Ela hesita entre candidatar-se ao Senado ou tentar o Buriti, a sede do governo do Distrito Federal.

“Tratar a Câmara dos Deputados como escola sempre comum na política. No Senado, como a eleição é majoritária, é mais difícil. Tanto que um dos diferenciais de partidos como o Novo e o PDT, ao menos em 2018, era o compromisso de que os deputados eleitos cumpririam o mandato antes de alçar novos voos”, diz o cientista político Guilherme Moura, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG).

Embora o costume tenha se espalhado entre os congressistas, Moura acredita que apenas aqueles com tradição política se arriscam nesses voos mais altos

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