Revista Poder

Maksoud Plaza fecha definitivamente as portas nesta terça aziaga

Vivendo mal da fama dos anos 1980 e da recuperação judicial de 2020, hotel que foi o talk of the town de São Paulo encerra atividades; prédio vai para sócios da JSL

Crédito: Divulgação

Frank Sinatra vai ficar para sempre como a maior estrela planetária a se hospedar ali, mas os hóspedes estelares que fizeram a fama do Maksoud Plaza vão muito além de The Voice. Ray Charles, Catherine Deneuve, Margareth Thatcher. Por muitos anos, o hotel da alameda Campinas, a um quarteirão da avenida Paulista, em São Paulo, produziu o talk of the town – eventualmente o talk of the country. Em sua boate 150 alguns shows memoráveis ficaram para a história da cidade, como, para citar aleatoriamente, a lenda do blues Buddy Guy percorrendo com sua guitarra as escadas de acesso à boate.

Até mesmo os momentos de decadência foram avec elegance, pode-se dizer, como quando Axl Rose, vocalista da banda Guns & Roses, atirou uma cadeira na direção de um jornalista mais ou menos abelhudo.

Enfim, sobrevivendo há alguns anos da sombra de sua fama (e da recuperação judicial desde 2020), o hotel encerra as atividades nesta terça (7), após 42 anos de existência. O jornal Valor Econômico revelou que o prédio com seus 416 quartos passa para o controle dos irmãos Jussara e Fernando Simões, proprietários do grupo logístico JSL, por R$ 132 milhões – uma pechincha que não quita o passivo trabalhista dos Maksoud.

Se havia glamour em torno da marca hoteleira, na família que lhe emprestou o sobrenome pinimba é mato: os herdeiros Claudio e Roberto, filhos de Henry, o fundador, que se envolveram com o dia a dia do hotel, aguardam decisão da Justiça que altere o desejo do velho.

Henry legou o Maksoud a sua segunda esposa, Georgina Célia, e ao neto.

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