São Paulo está para ganhar o seu próprio museu judaico. Instalado na antiga sinagoga Beth-El, de 1928, de estilo marcadamente bizantino e que sobreviveu ao tempo na rua Martinho Prado – não dá para dizer o mesmo de um vizinho famoso, o Ferro’s Bar, que ficava defronte e soçobrou –, o Museu Judaico abre para o público no domingo (5).
Idealizado já há duas décadas, o museu demandou a criação de um muito interessante espaço expositivo. Além do interior restaurado da sinagoga, surgiu um prédio envidraçado que se aproveita do terreno em declive. É nesse anexo, de linhas contemporâneas, e com vista franqueada para a lindeira avenida 9 de Julho, que se concentrará o acervo e serão montadas as exposições temporárias.
O Museu Judaico de São Paulo (MUJ) abre com quatro mostras, tentando dar concretude e respostas à questão basilar e ao mesmo tempo quase retórica “o que é ser judeu?”. Se isso parece genérico demais, talvez seja útil dizer que uma dessas mostras conta um pouco a história dos cristãos novos que chegaram ao Brasil desde o século 18; já outra exposição temporária articula-se em torno da palavra, algo valorizado pela cultura judaica na transição para a vida adulta.
O MUJ funcionará de terça a domingo e seu bonito site pode ser acessado aqui.