Revista Poder

“Super-terça” de Lula tem exaltação contra corrupção e fome no Twitter

Em poucas horas na manhã desta terça (30), Lula publica série de tuítes, concede entrevista e tenta ocupar noticiário político carregado com eventos de adversários

Lula || Créditos: Reprodução YT/GZH

Lula acordou com a macaca nesta terça (30). Em sua conta oficial no Twitter, o ex-presidente já publicou, até às 11h, nada menos do que nove tuítes, um deles fixado no alto da conta – este é a íntegra da entrevista que concedeu nesta manhã à rádio Gaúcha.

À rádio, novamente, ele não declinou que é candidatíssimo às eleições de 2022 – sabe-se lá a razão disso, embora mais tarde, na mesma entrevista, tenha assumido um claríssimo discurso de candidato. Tocou no assunto Geraldo Alckmin, cotado para ser seu vice-presidente numa muito improvável chapa do PT com o partido que deverá acolher o ex-governador paulista – PSD, de Gilberto Kassab e Rodrigo Pacheco, e PSB, de Márcio França e João Campos, são os mais cotados.

Logo no começo da entrevista, foi perguntado pela jornalista Rosane Oliveira sobre os casos de corrupção de suas administrações, o que deixou o ex-presidente exaltado. Citando diversas vezes o nome da entrevistadora, ele arrolou feitos do PT no tema e muitos outros que nada tinham a ver com a pergunta, e enumerou feitos dos governos do PT no Rio Grande do Sul. Mas mandou:

“Os adversários vão sempre dizer que o PT tem corrupção, e nós vamos sempre dizer que quem praticou foi punido. Só tem um jeito de você não ser molestado. É você ser honesto. E isso continua.”

Depois, perguntado sobre a necessidade de autocrítica, disse que criaria mais mecanismos de proteção da coisa pública. “O presidente da República não é policial.”

Criticado por ter comparado os mandatos de Daniel Ortega, na Nicarágua, com o da líder do parlamento alemão Angela Merkel, novamente trocou a justificativa por uma reclamação, ao dizer que os jornalistas não se importaram com sua prisão e exílio forçado das eleições de 2018.

E logo voltou a falar em “cuidar do povo”, seu mantra para 2022, e perfilou Bolsonaro como alguém que não entende de coisa alguma – sua vitória foi resultado “do ódio estabelecido contra o PT em 2018”.

Sobre Alckmin, falou de sua “extraordinária” relação com o ex-governador paulista quando Lula era presidente e que quer “construir chapa para ganhar as eleições.”

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