Revista Poder

Em filiação ao PL, Bolsonaro abre discurso jogando no fogo ministro Tarcísio

Solenidade de “casamento” de presidente da República com partido de Valdemar Costa Neto tem menção explícita de interesse por titular da Infraestrutura na corrida pelo Bandeirantes

Bolsonaro || Crédito: Reprodução YT/PL

Com louvações, Jair Bolsonaro iniciou seu discurso de filiação ao PL na manhã desta terça (30), em Brasília. Abusando das frases de efeito e de suas comparações indigentes – “não seremos homem e mulher, mas uma família”, “jogo melhor que o [senador] Romário, aqui presente”, “tiramos o Brasil da esquerda” –, o presidente logo jogou no fogo o ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes, ao deixou claro querê-lo candidato a governador de São Paulo.

(Tarcísio, em entrevista ao site Poder 360, já havia refutado a candidatura esta manhã, à maneira de Santo Agostinho: “dai-me a castidade, mas não já”).

O discurso seguiu bastante confuso, como se Bolsonaro fizesse suas tradicionais intervenções no cercadinho do Alvorada. “Conseguimos fazer brotar no coração do brasileiro o patriotismo, a falar de Deus, pátria e família. Queremos o melhor para nossa pátria”.

E voltou a falar que “se fosse rei de Roraima” o estado “teria o PIB de São Paulo em dez anos”, criticando as regulações ambientais que preservam áreas do estado – o mesmo pensamento foi externado para a região de Angra dos Reis.

Ele coroou o pensamento dizendo que “depende do Parlamento” para fazer avançar sua agenda – e já fez um apelo em favor de André Mendonça, seu ex-AGU que nesta quarta (1º) finalmente será sabatinado no Senado.

Disse também que Paulinho Guedes o ajudou a “pensar diferente” sobre privatizações.

O negócio vai longe.

Sair da versão mobile