Revista Poder

“Lula resgatou um pouco a imagem do Brasil”, diz Gleisi, sobre viagem de ex-presidente

Líder do PT faz a pedido de PODER Online ranking dos pontos altos do roadshow do ex-presidente que se encerrou hoje na Espanha e revela que Itamaraty faltou no protocolo

Pedro Sánchez e Lula || Créditos: Ricardo Stucker

O giro do ex-presidente Lula pela Europa termina nesta sexta (19), na Espanha. Nesta manhã (segundo o horário de Brasília) Lula se encontrou com o presidente espanhol, Pedro Sánchez, no palácio de Moncloa, em Madri, antes do retorno ao Brasil na semana que vem. Ele já havia sido recebido com honras de estado por França, foi aplaudido no Parlamento Europeu e teve conversa com o futuro chanceler alemão.

Sánchez publicou fotos do encontro nas redes sociais e escreveu que “Espanha e Brasil compartilham fortes laços estruturais e permanentes em diferentes áreas”. “Hoje, encontrei-me com ex-presidente Lula para tratar de vários assuntos de interesse comum, como a situação da pandemia, as mudanças climáticas ou a recuperação econômica”, escreveu.

O encontro com Sánchez foi um dos principais numa lista feita pela presidente do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) a pedido de PODER Online. No ranking, também estão:

Encontro com o substituto de Angela Merkel e próximo premiê alemão Olaf Sholz, em Berlim, onde o assunto foi o processo de formação do novo governo da Alemanha e a importância de se fortalecer a cooperação com o Brasil;

Discurso no parlamento europeu, em Bruxelas, onde Lula disse que o Brasil “tem jeito” e que é possível “construir uma economia justa sem a destruição do meio ambiente e livre da exploração desumana da força de trabalho”. Na ocasião, Lula comparou Bolsonaro como “cópia malfeita” de Donald Trump;

Reunião com o presidente francês Emmanuelle Macron, com honrarias de estado e recepção no palácio do Elysée, em Paris, onde discutiu-se o combalido multilateralismo.

Palestra na prestigiosa universidade Sciences Po, de Paris, apresentando o que Lula entende como o “papel internacional do Brasil”.

“Lula resgatou um pouco da imagem do Brasil para o mundo, mostrando que o país não se resume a Bolsonaro. Lula conseguiu mostrar o que sempre fizemos: relações internacionais responsáveis”, disse Gleisi a PODER.

A viagem, a convite da fundação alemã Friedrich Ebert, deveria ter sido informal, mas ganhou corpo ao longo dos dias. O Itamaraty, contudo, comeu mosca. Pelo protocolo do ministério das Relações Exteriores, como Lula foi presidente do país, deveria ter recebido um telefonema dos diplomatas nas cidades em que ele esteve. Questão de cortesia.

“Não aconteceu. Acho que o Bolsonaro não permitiria. Mas não fez falta”, concluiu Gleisi.

Sair da versão mobile