Está pesada a disputa entre o governador de São Paulo, João Doria, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, nas prévias do PSDB que irão definir o candidato a presidente em 21 de novembro. Para constar, há um terceiro candidato, o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, eterno candidato a candidato majoritário do PSDB.
Tem circulado nos bastidores a informação de que Doria e Leite têm se desgastado tanto nas negociações com os demais líderes tucanos que aliados do lado perdedor podem deixar o partido em busca de outras possibilidades para 2022.
É claro que tudo isso é conversa fiada perto do que realmente importa: o desgaste do partido por conta das filiações fora de data e as impugnações de votantes pedidas pelos aliados dos dois governadores. Diretórios estão em pé de guerra.
Por fim, há a própria divisão do partido, que supostamente se opõe a Bolsonaro mas vota com os projetos do Executivo na Câmara (como na PEC do Calote). Com tudo isso, o papel do deputado federal Aécio Neves (MG), que tem trabalhado para reduzir o espaço de João Doria, em represália aberta ao desafeto, é café pequeno.
O próximo encontro dos três presidenciáveis do PSDB acontece em São Paulo, na próxima sexta (12), na redação do jornal O Estado de S.Paulo.
Doria, Leite e Virgílio já debateram entre si e responderam a perguntas dos jornalistas do jornal O Globo, no Rio de Janeiro, no primeiro round público do processo.