Revista Poder

Em esquenta para filiação ao Podemos, Moro requenta Twitter com segunda instância e boate Kiss

Ex-ministro de Bolsonaro e ex-juiz tenta ressuscitar pautas que o fizeram nome nacional; lembrança da tragédia gaúcha serve para aludir à morosidade da Justiça

Sergio Moro || Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na filiação ao Podemos do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, marcada para quarta (10), em Brasília, dois temas serão lembrados para fortalecer a agenda anticorrupção que ele pretende abordar.

(Tem outra, aliás?)

Um dos assuntos é a interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Semana passada, quando Moro desembarcou em Brasília para um gig mais do que flopada, acabou sabendo pela imprensa que Bolsonaro o acusou de negociar com ele vaga ao STF para aceitar troca na direção da PF, como queria o presidente.

É claro que o tema dominante deverá ser o surrado combate à corrupção e a glória (bons tempos!) da agenda lavajatista, implodida pelo afrouxamento de leis no Congresso e, muito mais, pelos escândalos processuais protagonizados por Moro e a Tchurminha de Curitiba – escândalos revelados pela Vaza Jato e que serviram de argamassa para o entendimento do STF de que, como juiz, Moro não agiu com a imparcialidade que se exige de um magistrado.

Nesta segunda (8), o ex-ministro voltou a movimentar seu Twitter, com nada menos do que três tuítes – um scout elevadíssimo para quem se limitava a usar a rede para divulgar seus próprios textos num site noticioso que o tem como fonte e articulista.

Atacou tediosamente a prisão em segunda instância e aludiu à morosidade da Justiça, lembrando que os culpados pela tragédia da boate Kiss seguem impunes.

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