Revista Poder

Vagas de empregos crescem vertiginosamente, mas norte-americanos viram as costas

Retomada da economia verdadeiramente em V no país cria milhões de postos de trabalho; por benefício polpudo e medo do trabalho presencial, trabalhadores refugam

Créditos: Preetifd1990/WikiCommons

Quando ainda era deputado federal – ele o foi por sete mandatos, que não pareceram suficientes para que as pessoas duvidassem de que em 2018 ele encarnasse a “nova política” –, Jair Bolsonaro atacou sem peias o Bolsa Família. Em 2010, chamou o programa de Bolsa-Farelo.

Nas voltas que o mundo dá, o presidente agora se vê dependente das cartas marcadas de Arthur Lira e come na mão do alagoano para dar luz a seu próprio Bolsa Família, versão corrida presidencial 2022 – o Auxílio Brasil.

Não foram poucas as vezes também que Bolsonaro e apaniguados associaram os beneficiários do Bolsa Família à inapetência e à vadiagem, discurso que ainda encontra eco no empresariado mais retrógrado do país.

Pois bem, nos Estados Unidos talvez a tacanha associação hoje se aplique.

É virtualmente impossível andar por um mísero quarteirão de alguma cidade dos Estados Unidos sem reparar nas muitas placas com a inscrição “we are hiring” (estamos contratando). PODER Online contou-as às dezenas, talvez centenas, em Boston e na vizinha Cambridge, estes dias.

Mesmo assim, o desemprego nos Estados Unidos aumentou ligeiramente em outubro. A força de trabalho neste momento tem 3 milhões de pessoas a menos do que tinha antes da pandemia. E isso com o pagamento médio por hora tendo crescido 4,9% em comparação a outubro de 2020.

A razão, segundo especialistas ouvidos pela agência Reuters, está nos gordos benefícios pagos durante a pandemia – dentro do plano trilionário de Joe Biden –, a impossibilidade de executar trabalho presencial e ainda certo receio do vírus.

Dados compilados pela agência mostram que 104 mil pessoas foram empregadas em outubro, mas havia 10,4 milhões de vagas abertas em agosto.

 

Sair da versão mobile