Nada está tão ruim que não possa piorar, disse há pouco mais de um mês o presidente Bolsonaro – não que ele precisasse colocar “legenda” nas fotos de sua administração. De todo modo, o Banco Central ainda tenta criar antídotos para ideias que vez por outra surgem na Esplanada.
Impressão de dinheiro, por exemplo.
Diante de rumores de que a coisa poderia ganhar octanagem, como se vivêssemos em plena crise de subprime em Detroit, o BC já constrói argumentos para aparar as arestas dos mais assandinhos.
Alguns deles são dignos de Chicago 1970, ou seja, dignos do pensamento vivo de Paulinho Guedes, mas tudo bem. São eles: a) emitir dinheiro para irrigar de moeda o país faz a inflação disparar; b) inflação gera mais discrepância social; c) confiabilidade do investidor (oi?) já muito ruim, pode piorar.
O tema apareceu em dois eventos em Brasília em 15 dias, o último deles em presença de um dos diretores do BC.