Apesar dos bons resultados do terceiro trimestre divulgados esta semana – 900 mil assinantes a mais do que projetado –, o Netflix vem enfrentando neste mês uma de suas principais crises de imagem.
A decisão de colocar no ar, há duas semanas, o especial The Closer, do comediante Dave Chappelle, que contém piadas que foram consideradas bastante ofensivas ao público LGBTQ, trouxe descontentamento a colaboradores da empresa de streaming.
Ted Sarandos, CEO da Netflix, pronunciou-se no dia 8 de outubro, afirmando que o programa não “cruzava a linha” e que não “feria a vida real”. Diante dessa manifestação, cerca de mil colaboradores prometeram fazer uma paralisação virtual, em protesto.
Nesta semana, Sarandos capitulou. Disse que ssua comunicação interna era equivocada e que ele deveria ter reconhecido que alguns colaboradores sentiram-se “muito mal com sua decisão”. E retirava a opinião de que o especial não “feria a vida real”.
Ainda que os colaboradores da Netflix não quisessem a censura ao programa, conforme revelou a revista Time, mas apenas uma advertência do conteúdo polêmico, a empresa deve doravante tomar mais cuidado com esse tipo de polêmica. Um e cada seis integrantes da Geração Z se identifica como LGBTQ, segundo pesquisa Gallup feita em 2020.
Eles serão os novos assinantes da Netflix a qualquer momento.