Revista Poder

Com Dubai no radar, debandada na Economia pode esperar

Secretários que devem engolir implosão do teto de gastos com possível Auxílio Brasil querem fazer viagem derradeira antes de pedir o boné

Bruno Funchal e Eduardo Bolsonaro || Crédito: Edu Andrade/Ascom/ME/Reprodução

A irritação dos liberais com o gasto excessivo de dinheiro público parece ater-se apenas ao pagamento dos tais R$ 400 do auxílio-emergencial que poderá, em parte, furar o teto de gastos públicos. Supostos desligamentos no ministério da Economia estão no radar, sim, mas, como na formulação famosa de santo Agostinho sobre a castidade, não já.

É que em novembro, uma turma da Economia vai para Dubai, nos Emirados Árabes, para “assinar acordos” na ExpoDubai.

Um punhado de secretários e assessores foi escalado para o encontro e, segundo integrantes da pasta, existe bastante expectativa em torno dos negócios que poderão ser resolvidos na viagem internacional. O presidente Jair Bolsonaro estará na cidade a partir de 12 de novembro.

As negociações giram em torno da facilitação de viagens, possibilitando descontos, quem sabe, na compra de pacotes de turismo com empresas credenciadas pelo governo.

Vale lembrar que a polêmica viagem da comitiva presidencial a Dubai, que acontece a prestações desde setembro, já consumiu R$ 1,17 milhão dos cofres públicos e autorizou o traslado de 69 pessoas à região. Por ora, um dos mais vistosos resultados da viagem foi a foto vestido de xeque do deputado federal Eduaro 03 Bolsonaro (PSL-SP).

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