Diante da provável entrada do ex-governador paulista Geraldo Alckmin na disputa pelo Bandeirantes em 2022, o papel do jovem secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, na estrutura de poder do governo João Doria vem sendo reforçado.
O objetivo, claro, é consolidar o poder do grupo de Doria entre os prefeitos paulistas, mesmo que o atual governador fracasse em seu pleito presidencial. Em São Paulo, é imperativo fazer do atual vice-governador, Rodrigo Garcia, o novo ocupante do Bandeirantes em 2023.
(Isso, claro, considerando-se que Doria vença Eduardo Leite nas prévias nacionais do PSDB de novembro e entre na corrida à sucessão de Bolsonaro; um fracasso agora poderia levar o governador a buscar um segundo termo no Bandeirantes.)
Talvez seja mesmo mais fácil fazer os prefeitos trabalharem por Garcia, visto como político hábil entre seus pares.
Vinholi também é presidente da Executiva Estadual do PSDB (São Paulo) e faz trabalho de coesão entre os prefeitos do Estado. Neste momento, está em marcha um reforço nos conselhos de desenvolvimento de unidades regionais, além de criação de novos postos em cidades que não os têm.
Com tudo isso, a secretaria comandada por Vinholi não mede esforços para ocupar espaços. O prêmio Ciclo 21, por exemplo, alinha-se à estratégia. Participam os municípios paulistas que desenvolverem ações de destaque neste ano nas áreas da Saúde, da Educação e da Segurança Pública. Projetos serão contemplados com até R$ 500 mil em infraestrutura. A premiação será na Sala São Paulo, na capital paulista, em dezembro.