A regulamentação dos jogos de azar, pauta do Centrão desde o início do governo Bolsonaro, voltou às discussões no Legislativo. O tema, que vem e volta ao longo das décadas, foi ressuscitado em 2019 pelo PP, quando Rodrigo Maia (DEM-RJ) ainda presidia a Câmara dos Deputados e Davi Alcolumbre (DEM-AP) comandava o Senado Federal.
Como se sabe, o tema não andou.
Sob nova direção desde 2021, com Arthur Lira (PP-AL) na Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado, surgiu novo interesse pelo tema, que também é endossado pelo palácio do Planalto, que deu apoio, mas disse que não vai entrar na briga com os evangélicos, contrários ao tema.
Jair Bolsonaro, no começo de sua errática gestão, chegou a anunciar, sem revelar que era da liberação de jogo de que falava, que conseguiria uma receita extraordinária e importante através de um mecanismo que estava considerando.
Discutido em um grupo de trabalho criado pelo presidente Arthur Lira, o projeto poderá ser votado até o fim do ano. A ideia é regulamentar de cassinos a jogo do bicho, implementando algumas regras para tentar “legalizar o dinheiro que se faz com o jogo no país”, segundo informa um dos documentos anexados à pauta de criação do grupo.
Desde 2016, o tema tangencia as discussões, mas nunca é analisado de fato. Para se ter uma ideia, apenas um relatório feito em comissão especial foi criado, mas sequer analisado. Procurado por PODER Online, o presidente do grupo de trabalho, deputado Bacelar (Pode-BA), disse que, a depender dos ânimos da galera, “agora vai”.