Revista Poder

Posse do presidente em 5 de janeiro traz economia para União

Decisão que passa a valer para eleição de 2026 diminui custos de transporte e hospedagem e permite Réveillon sem atropelamento para autoridades federais e estaduais

Jair Bolsonaro e Michel Temer || Crédito: Alan Santos/PR

A decisão de mudar a posse do presidente da República e dos governadores estaduais do dia 1º de janeiro para o dia 5, contemplada na minirreforma eleitoral que será promulgada nesta terça-feira (28), tem justificativa cabal e simples: grana.

A mudança de data, pleiteada desde os anos 1990, e deve gerar economia. Em 1º de janeiro, os custos de passagens aéreas e de hospedagem são elevados por conta do Réveillon e há ainda os custos de segurança e da recepção de autoridades estrangeiras e brasileiras.

Outra dificuldade é a longevidade da cerimônia, já que o presidente toma posse à tarde, depois que os governadores aliados assumem seus cargos, pela manhã, e assim podem chegar à tempo de oferecer seu apoio em Brasília. É uma daquelas ocasiões em que há “congestionamento de jatinhos” no céu do DF.

Sobra até para os restaurantes, que vão longe na noite do Réveillon e que acabam tendo que se ajustar para receber autoridades, comitivas estrangeiras e os muitos turistas que aparecem na cidade para celebrar o novo governo. Isso, aliado às avenidas fechadas e o policiamento exagerado, cria um gasto fora do comum.

A mudança na posse começa a valer em 2026, justamente para haver tempo de reorganizar a estrutura federal. Uma das questões levantadas, no entanto, vai muito além da realocação dos servidores: são os quatro dias a mais de mandato do presidente eleito em 2022.

Mas isso ficou para depois.

A certeza, agora, é que a virada do ano será muito mais animada na capital federal, sem nenhum compromisso imperdível no dia da ressaca.

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