Revista Poder

“Em termos de corrupção, voltamos aos anos 90”

Em Live de Poder com Joyce Pascowitch, senador Alessandro Vieira, estrela da CPI da Covid-19 e candidato a presidente em 2022, fala que os processos contra corruptos novamente “não passam do STJ” e lastima Bolsonaro

Alessandro Vieira || Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) esteve na Live de Poder desta terça (21) com Joyce Pascowitch. Em cerca de 35 minutos, o muito objetivo senador, que é neófito na política – elegeu-se a partir do curso de formação de lideranças Renova –, explicou as principais vertentes de sua plataforma presidencial em 2022, entre muitos outros assuntos.

Sobre a plataforma, ele falou em três eixos, um deles voltado para o que chamou de “integridade”, que passa pela retomada do processo de combate à corrupção deixado de lado nos últimos anos; outro eixo com foco em educação – e a ideia é dar escala para projetos vencedores de educação pelo Brasil; e finalmente quer uma agenda social a partir de políticas fiscais responsáveis.

O senador, que durante 17 anos atuou na Polícia Civil do Sergipe, chegando ao cargo de direção – de onde acabou afastado por determinação do ex-governador Jackson Barreto, implicado em investigações feitas pelo futuro senador –, falou também que no tema do combate à corrupção, o Brasil “voltou aos anos 90”, com os processos novamente a não passar do STJ.

Joyce repercutiu a tarde tenebrosa na CPI da Covid, de que Vieira se tornou uma das estrelas, apesar de ser suplente. Nesta terça, a senadora Simone Tebet foi chamada de “descontrolada” pela testemunha do dia, o ministro da CGU, Wagner Rosário. Aproveitando o tema, Vieira falou que montar equipes com mulheres é fundamental, já que elas ajudam até na diminuição da corrupção, “segundo alguns estudos”.

Numa hipótese entre Lula e Bolsonaro em 2022 – ele optou pelo último contra Fernando Haddad em 2018 –, ele não declinou preferência, mas deixou claro que o atual presidente é uma ameaça à democracia e representa “atrasos civilizatórios”. Também falta ao presidente, segundo o parlamentar, “vontade de trabalhar”. “Deve ser o presidente que menos trabalhou na história”.

Ele se arrepende do voto em Bolsonaro. 

Vieira elogiou muito os deputados Tabata Amaral e Felipe Rigoni (ambos do PSB), que também se elegeram a partir de processo pedagógico-político do Renova e dividem gabinete com o senador – ele reportou na live uma economia, com essa estrutura, de R$ 2 mi até agora.

Veja a íntegra da Live de Poder, abaixo.

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