É unanimidade entre os Três Poderes: o catering da Força Aérea Brasileira (FAB) são péssimas. E é difícil reclamar, já que há liberdade de escolha do fornecedor de alimentação.
No ministério da Economia, Paulo Guedes cortou os exageros e só municia as viagens da pasta com água, biscoitinhos e um ou outro sanduíche. Iogurte também, já que ele adora. Guedes achava o catering da empresa International Meal Company extremamente cara: cerco de R$ 500 mil por ano. Derrubou para 10% disso.
Quando era presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) encomendava comida apenas para os convidados. Levava marmita da residência oficial, normalmente salmão defumado, pepino e torradinhas com cream cheese. Água com gás e refrigerante também estavam sempre na lista. Achava difícil encontrar um fornecedor de alimentos que fizesse “algo mais saboroso”.
Michelle Bolsonaro, que está com Bolsonaro em Nova York, leva na bagagem Coca-Cola Zero e batata Pringles, pois acha a comida dos aviões “pesada demais”. “Carne demais, molho demais”, reclama.
Outra que também reclama muito é a ministra da Mulher e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que, de tanto falar sobre a qualidade do catering dos aviões da FAB, ganhou um lanche caprichado preparado por Rutinha, mulher do deputado José Medeiros (PODE-MT). E colocou o relato no Instagram:
“Rutinha, esposa do Deputado José Medeiros, morrendo de dó de tanto vê (sic) as postagens da ministra comendo salgadinho frio, batata frita murcha, bolo já mordido, mandou preparar uma comida espetacular e deixar lá no avião. No cardápio o melhor peixe do mundo (tinha peixe cozido, moqueca, peixe frito, arroz, pirão, farofa de banana além de suco e refrigerante. Gente, vocês não imaginam a alegria do time”, disse a ministra, empolgada.
A incursão gastronômica aconteceu neste fim de semana, quando comitiva da pasta foi a Mato Grosso em missão oficial.