Revista Poder

Texto “inaceitável” da reforma administrativa pode finalmente ir a plenário

Nova versão do projeto relatado por Arthur Maia (DEM-BA) “mantém privilégios” segundo jornal “O Globo”; relator diz a PODER Online querer “mostrar resultados”

Arthur Oliveira Maia || Crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O deputado Arthur Maia (DEM-BA) tem até às 18h desta sexta (17) para entregar sua última versão do relatório da PEC 32, a reforma administrativa, cujo texto está sendo reescrito pela terceira vez.

Maia retirou a magistratura da reforma e retirou a punição dos servidores com mau desempenho, entre outras mudanças. Para o jornal O Globo, o texto  ficou próximo do imprestável:  “Em vez de corrigir injustiças, a proposta mantém privilégios, instaura novas blindagens para o funcionalismo na Constituição e, se aprovada na atual formulação, agravará as distorções que fazem do setor público brasileiro uma máquina de gerar desigualdade. Na forma como está, o texto é inaceitável”, publicou em editorial.

A nova proposta ainda estende o foro privilegiado para agentes de segurança pública, pedido do palácio do Planalto.

Procurado por PODER Online, o deputado preferiu não falar sobre o tema e disse que prefere “apresentar resultados”.

Aliados do governo farão as contas até a próxima terça-feira (21) para ver se, na semana que vem, o relatório tem condições de sair vitorioso no plenário. Se não, o jeito vai ser reescrever novamente.

O deputado Rodrigo Maia (sem partido-RJ), que não tem qualquer parentesco com o relator e está licenciado por ter-se tornado secretário do governo João Doria, criticou o projeto em seu Twitter: “Depois do texto aprovado do IR, não foi surpresa o desastroso texto apresentado pelo relator da Reforma Administrativa. Desse jeito, o melhor é a Câmara não votar nada.”

 

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