Revista Poder

Para se livrar da CPI, lobista apela a “ex” filha de ministro do STJ

Marconny Albernaz, que conseguiu atestado médico -- depois anulado pelo próprio hospital -- para não aparecer na comissão, faz varredura em agenda de casos para driblar senadores

Marconny Albernaz || Crédito: Reprodução

Quem frequenta as altas rodas de Brasília sabe: o lobista Marconny Albernaz é um daqueles caras muito bem relacionados, e que faz um pouco de tudo.

Ele é tratado como o responsável por ajudar o filho 04 do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, a abrir uma empresa de tecnologia e eventos. Tem sido apontado, também, como o interlocutor de uma tentativa de fraude de licitação para a compra de testes de Covid-19.

Pelo segundo caso, foi chamado a prestar esclarecimentos na CPI que apura o tema no Senado, nesta quinta (03). Mas não compareceu.

Marconny apresentou um atestado médico e simplesmente não foi. A pedido de Omar Aziz (PSD-AM), a Polícia Federal mandou reter o passaporte do lobista, caso ele resolva sair do país.

Em uma atitude desesperada, Marconny Albernaz, que tem um histórico de romances, digamos, com mulheres que gravitam o Eixo Monumental,  ligou para um punhado de conhecidas, uma delas filha de um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Pediu ajuda, qualquer coisa que pudesse dar a ele o direito de não comparecer à CPI. Ela, nem tchuns. Ele ligou até para o irmão da moça, advogado que também atua como lobista, mas ele não atendeu.

Sem atalhos, talvez seja hora de cumprir o rito dos mortais.

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