Rodrigo Maia foi resgatado do ostracismo e ganhou uma certa sobrevida política ao ser convidado por João Doria para cuidar dos planos políticos de curto e médio prazo do governador, isto é: viabilizar-se como candidato presidencial do PSDB e – vai que – dar-se bem em 2022.
Oficialmente, Maia virou secretário de Estado do governo de São Paulo, na recém-criada secretaria de Projetos e Ações Estratégicas. E para isso, como sói acontecer, precisou se licenciar de seu mandato como deputado federal.
Rei morto, rei posto, devem ter pensado os camaradinhas da Câmara, em que Maia fez e aconteceu como presidente da Casa por longa meia década. Assim, já tem gente de olho gordo no gabinete de Maia.
O suplente, José Augusto Nalin (DEM-RJ), quer ocupá-lo.
Só que Maia ainda não autorizou o Departamento de Material e Patrimônio da Câmara dos Deputados a organizar sua mudança.
O regimento interno da Casa não permite o “despejo” de parlamentares, seja dos gabinetes, seja dos apartamentos funcionais. Gabinetes, normalmente, são esvaziados com mais facilidade, o que parece não ser esse caso.
Numa última instância, a Câmara pode entrar com uma ação de desocupação na Justiça.