Revista Poder

Tabata fala sobre produtividade feminina, diz ter sido ameaçada de morte e, sem terceira via, vai de Lula

Tabata Amaral || Crédito: Alexandre Amarante/Câmara dos Deputados

A deputada federal Tabata Amaral (sem partido-SP) falou com a publisher Joyce Pascowitch no começo de noite desta sexta (27). Em curtos 40 minutos, ela conseguiu expressar as dificuldades que vem enfrentando em seu primeiro mandato, em que sofre com o machismo de colegas e até mesmo recebe ameaças de morte – algumas chegaram a vir de companheiros do partido pelo qual se elegeu, o PDT.

A bancada feminina na Câmara é bastante reduzida, mas, segundo a deputada, as mulheres têm uma produtividade quase três vezes maior que a dos homens. “A gente trabalha muito em conjunto. Tem mulheres de todos os partidos”. Esta semana, ela e colegas celebraram a aprovação na Câmara de projeto de segurança menstrual nas escolas. Ela diz que as meninas estudantes chegam a perder até um mês e meio de aulas por ano por não ter condições econômicas de comprar absorventes.  

Entristecida com a polarização política e com o “clima de eleição” que continuou desde 2018, segundo ela, a parlamentar diz apoiar Lula num hipotético segundo turno contra Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022. Ela ressalvou que vai trabalhar para viabilizar uma terceira via, mas, se não der, “ele, não”.

Não tem perigo de apoiar um governo corrupto, criminoso, que faz ataques à democracia todos os dias. Ando toda semana pelas periferias e vejo pessoas passando fome, não tem como apoiar governo tão desumano.”  

Perguntada por Joyce se Tabata concordava com a velha ideia de que o poder corrompe, ela disse que as pessoas “chegam corrompidas ao poder” por conta do financiamento das campanhas eleitorais – alguns até de organizações criminosas.

No final, falou de astrofísica, um de seus temas de estudo. Ela disse que se considera uma boa companhia de viagem, já que é capaz de dizer onde estão as constelações.

Sobre o namorado, o prefeito do Recife, João Campos, ela disse que é seu “melhor amigo”, que o admira por “se importar com as vidas das pessoas” e se esforçar para tentar melhorá-las. Eles se veem dois fins de semana por mês, ora no Recife, ora em São Paulo, e gostam, nessas ocasiões de fazer trilhas na natureza e andar de bicicleta.

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