Revista Poder

Roberto Campos Neto

Presidente do Banco Central assiste a vitória de autonomia do BC no STF e age rápido para instituir limites ao Pix que devem dirimir violência e sequestros-relâmpago

Roberto Campos Neto || Crédito: Raphael Ribeiro/BCB

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto teve uma semana vitoriosa, pode-se dizer. Neto da figura que talvez seja a mais importante do liberalismo econômico do século 20 do Brasil, o economista Roberto “Bob Fields” Campos, ele assistiu ao STF julgar improcedente ação impetrada pelo PT e pelo Psol para contestar a autonomia do banco.

Tratava-se de uma tecnicalidade, não um julgamento de mérito. A autonomia do BC foi uma das primeiras batalhas da gestão Arthur Lira à frente da Câmara Federal.

Nesta sexta (27), o BC foi rápido em adotar limites para transferências de dinheiro, notadamente pelo Pix, que caiu no gosto da população e, com isso, passou a ser objeto de cobiça de meliantes.

Números da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo indicam que houve aumento de quase 40% entre janeiro e julho de 2021 no estado em relação a mesmo período de 2020. O dado não discrimina a razão do incremento do sequestro-relâmpago – trata-se de uma inferência feita por diversos atores.

Com tudo isso, o BC instituiu um teto para operações com Pix e outras transferências entre pessoas físicas (inclusive microempreendedor individual) entre 20h e 6h, mesmo para transações entre contas de um mesmo banco.

Campos agiu rápido.

 

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