Revista Poder

Reforma que Arthur Lira botou para rodar é de sua própria sala

Nem administrativa, nem tributária; reformas tocadas na Câmara são físicas, como a do gabinete do presidente da Casa, por R$ 1,2 mi, 20% a mais do que o previsto

Arthur Lira || Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Quando se fala em reformas no Legislativo, vem à cabeça qualquer novidade sobre os textos das reformas administrativa, tributária ou, quem sabe, da política. Mas, na verdade, a agenda reformista que se constrói na Câmara não depende de voto e, sim, de cimento.

Acaba de ficar pronta uma sala multiuso para para as reuniões da Mesa Diretora e do colégio de líderes, perto da chapelaria. Ao custo de R$ 1,3 milhão, a reforma estava prevista pelo Plano de Preservação do Patrimônio Edificado da Casa, e precisou ser aprovada pelo patrimônio histórico da União.

No outro lado da Câmara, onde funcionava o comitê de imprensa, um canteiro de obras formou-se rumo ao que será a nova sala da presidência da Casa, usada por Arthur Lira (PP-AL) desde agosto, mesmo inacabada.

Lira tem estado no local para marcar território, já que precisou desalojar o comitê de imprensa para aproveitar o espaço privilegiado (única sala da Câmara que dá acesso direto ao plenário).

O custo previsto para a finalização do novo gabinete é de R$ 1,2 milhão (um aumento de R$ 200 mil na versão original, segundo arquitetos da Câmara).

 

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