O prefeito de Recife, João Campos (PSB-PE), é um cabra bom de voto. Foi o deputado federal mais bem votado da história de Pernambuco, logo em sua primeira eleição, em 2018, com 460 mil votos. Dois anos depois, em 2020, venceu a prima Marília Arraes (PT-PE) na disputa pela prefeitura que hoje ocupa.
Começou sua gestão no Recife com 27 anos.
O caminho natural, dizem amigos próximos, é que ele saia para governador do estado em 2022. Em vencendo, seguiria seu pai, Eduardo Campos, e também o avô, Miguel Arraes, ambos já falecidos. Para isso, precisa reforçar a agenda positiva e refinar um pouco mais o discurso, ainda muito cru.
Mas nada disso deve ser problema, já que o atual chefe do executivo pernambucano, Paulo Câmara (PSB), deverá ser seu maior cabo eleitoral. Câmara está em seu segundo mandato e não pode concorrer a novo termo.
A escolha de João é uma desculpa excelente para se falar em renovação e, ao mesmo tempo, manter o partido no poder por mais quatro anos.
Mas é preciso primeiro consultar a mãe. Renata Campos, mãe de João e viúva de Eduardo Campos, é considerada uma deus ex-machina da política pernambucana. Sem o aval dela, no way.