Revista Poder

Bernanke afasta risco de crescimento da inflação nos EUA e acalma mercado

Ex-chairman do Federal Reserve, a autoridade monetária norte-americana, vê subida de taxa como “fenômeno passageiro” e, assim, juros podem não se manter atrativos

Ben Bernanke || Crédito: Ralph Alswang/Brookings Institution

Ex-chairman do Federal Reserve (FED), a autoridade monetária dos Estados Unidos, Ben Bernanke falou na quarta-feira em palestra virtual para o evento Expert, da corretora XP.

Em debate com o economista Mohamed El-Erian, economista e consultor-chefe do grupo Allianz, Bernanke, que comandou a instituição entre 2006 e 2014, disse acreditar que a inflação norte-americana não deve persistir, trata-se de um fenômeno passageiro.

O dado acalma os investidores brasileiros, dado que o remédio clássico para baixar a inflação é o aumento da taxa de juros. E se isso acontecer por lá, o capital pode não ver muito interesse nas taxas de juros brasileiras, que voltaram a subir em 2021.

El-Erian, contudo, não vê um cenário tão plácido. “Temos que ter a mente aberta para a possibilidade de uma inflação mais alta e persistente”, disse no encontro, como registrou o site InfoMoney, espécie de porta-voz da XP.

Os Estados Unidos aprovaram um plano de investimentos portentoso, na casa do trilhão de dólares, e isso poderia impactar na inflação. Mesmo assim, Bernanke vê a taxa administrável, rondando 2,5% em 2022.

 

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